4 de mai. de 2016

Bom antes nessa categoria só tinha putaria mais tiver uma ideia porque não posta quadrinhos com historia e conteúdo .

 
É claramente mais fácil mostrar duas belas mulheres em colants se beijando – ou inserir isso na imaginação do leitor – do que assumir as dificuldades de retratar um homem que goste de homens sem preconceitos (ou mesmo mostrar com profundidade a relação entre duas mulheres). Alan Moore, um dos maiores referenciais de qualquer fã e escritor da nona arte, diz que “os personagens brancos e heterossexuais nunca têm de estar afirmando serem brancos e heterossexuais. Mas porque ser homem heterossexual é a norma, eu acho que muitos dos homens brancos e heterossexuais que estão publicando esses quadrinhos [que tem a participação de personagens LGBT] pensa que todo mundo está em conflito com isso, porque esses personagens NÃO são homens brancos e heterossexuais. Eles não conseguem imaginar pessoas gays no mesmo planeta que todo mundo. Os retratam, então, no mesmo planeta gay especial e não integram uma sociedade , o que é claramente inútil e sem efeitos”.




De fato, os dois grandes fantasmas do desenvolvimento gay nos comics vêm se dissolvendo ultimamente. O primeiro deles era a censura. Super-heróis eram publicados para crianças, mas a faixa-etária do público-alvo só cresceu nas últimas duas décadas. Conforme os leitores cresceram os temas passaram a ser mais abrangentes e, porque não, adultos. Dessa forma, a sexualidade passou a ser assunto lidado mais abertamente, e com ela também a diversidade sexual. O segundo grande fantasma poderia ser ainda a revolta de certos pais que não querem que suas crianças entrem em contato com homossexuais de forma alguma, mas as reclamações não vêm atingindo as vendas, logo, sequer chegam aos ouvidos dos editores.

Como em diversos âmbitos da mídia e da cultura, notamos então uma abertura lenta e gradual à comunidade LGBT no mainstream dos quadrinhos de super-heróis. A idéia de uma postura aberta seduz às grandes instituições e editoras, além de levá-las ao topo dos tablóides em segundos, mas devemos estar sempre atentos ao real caráter dessas abordagens. A escritora bissexual Devin Greyson pondera com sabedoria: “eu sei de muitas pessoas podersosas nessa indústria atualmente que são bastante abertas e dedicadas a uma idéia de representação justa – sexual, racial, de gênero, enfim. Mas isso não significa, necessariamente, que elas saibam como fazer essas mudanças ou tenham coragem para tal. Os quadrinhos estão bem atrasados em relação à mídia mainstream na inclusão dos personagens gays, e eu não esperaria que essa indústria lutasse a favor dos direitos civis em tempos próximos. Mesmo assim, a inclusão vem sendo lenta e positiva, e quando as pessoas certas estão nos lugares certos e com a mentalidade certa, a mídia será capaz de realmente dar passos efetivos adiante”.

Estamos colhendo desde já alguns frutos dessas boas casualidades. Nunca tivemos tanto a comemorar, na verdade: o morcego vermelho no peito da Batwoman talvez seja o grande símbolo da comunidade LGBT nos quadrinhos na década de 2000. Esperamos que Greg Rucka seja um referencial não só pela competência nos roteiros e êxitos nas vendas, mas também pela respeitabilidade que dá a qualquer ser humano, independente de sua sexualidade.

Três vivas para a Batwoman

Três vivas para a Batwoman

Então agora todas as quintas-feiras irei posta aqui as hqs da batwoman .